TTD - Technical Trading Floor 01 - 10/12/2023
O índice S&P500 mantém uma clara tendência de alta no timeframe semanal, conforme destacado pelo canal de alta marcado em vermelho no gráfico abaixo. O movimento de alta foi especialmente notável nas semanas entre 23 e 30 de outubro, quando o índice recuperou o topo da zona de valor do ano (indicado pela distribuição de volume em verde) e o VWAP do ano (em azul). Atualmente, o índice está a 3,05% do topo histórico no índice futuro (4808.25).
Outro ponto de destaque é a caracterização do movimento desde o fundo, que exibe uma estrutura de 5 ondas, sugerindo que esta perna de alta representa a quinta onda do padrão.
Os osciladores técnicos estão alinhados com o movimento de alta no timeframe semanal. O RSI de 14 períodos, desde o início do movimento, não ultrapassou o patamar de 38-40, confirmando a tendência de alta. A média de volume das últimas 10 semanas permanece estável, e o OBV (On-Balance Volume), que representa o saldo acumulado de volume, continua a subir após ultrapassar o último pico de volume, validando assim o movimento ascendente.
O índice Nasdaq 100 (contrato futuro), no timeframe semanal, mantém uma tendência clara de alta, com um ímpeto altista mais pronunciado do que o S&P500. Notavelmente, o Nasdaq 100 nunca perdeu a média móvel de 200 semanas, o VWAP do ano (em azul), nem adentrou a zona de valor do ano de 2022. Os osciladores técnicos reforçam o momento de alta do índice, onde o RSI formou um fundo em 44,90, e o saldo de volume medido pelo OBV atingiu novas máximas.
Uma observação intrigante é assim como o S&P500 a característica do movimento em 5 ondas, sugerindo que o índice Nasdaq 100 está possivelmente na quinta onda desse padrão. Atualmente, o Nasdaq 100 futuro está a 2,82% do topo histórico.
Ao considerar a força relativa (RS), observamos um desempenho superior do movimento do Nasdaq, que recentemente atingiu novas máximas em relação ao S&P500. Essa performance relativa explica, em parte, o desempenho destacado do índice ao longo do ano.
O futuro do Russell 2000, no timeframe semanal, mantém sua posição como o índice atrasado e em uma tendência de baixa. Apesar do terceiro teste na linha de suporte (marcada em vermelho), a recuperação da zona de valor do ano de 2022 trouxe um alívio na pressão de venda. Este alívio resultou em um rally, ultrapassando a média móvel de 200 semanas (indicada em preto), o VWAP do ano (em azul) e o ponto de maior volume do ano de 2022 (em vermelho pontilhado), parando precisamente no teste do VWAP do ano de 2022.
Ao analisar os osciladores, observa-se a confirmação da tendência de baixa. O RSI não ultrapassou 65 desde o último topo, e o saldo de volume medido pelo OBV continua próximo das mínimas, mesmo após o recente pullback. O Russell 2000 está atualmente a 30,75% do topo histórico, e a análise de RS mostra que a performance relativa em relação ao índice S&P500 tem sido muito fraca desde o último topo.
O futuro do ZN (Treasuries de 10 anos), no timeframe semanal, apresenta uma tendência de baixa evidente. O recente pullback encontrou resistência no fundo da zona de valor do ano, juntamente com o VWAP do ano de 2023, a média móvel de 200 semanas(indicada em preto) e a linha de tendência secundária de baixa. O movimento de baixa parece impulsivo e ocorreu em cinco ondas de baixa, sugerindo que esta pode ter sido a última. Essa probabilidade torna-se mais evidente quando observamos a divergência no oscilador RSI e a diminuição da amplitude do movimento.
Enquanto isso, o saldo de volume medido pelo OBV ainda permanece próximo das mínimas, indicando uma pressão de venda contínua. Esses indicadores sugerem uma perspectiva de baixa clara para o ZN no curto prazo.
O futuro do ouro na COMEX (GC) mantém uma tendência de alta no timeframe semanal, apresentando uma configuração otimista com um padrão conhecido como "cup & handle". O recente teste no topo da zona de valor do ano de 2022 e a recuperação da média de 200 semanas, juntamente com o VWAP do ano de 2023, validam a tendência, assim como o canal de alta (marcado em vermelho).
Apesar da recente rejeição ao tentar fechar acima das máximas, o que pode ter implicações negativas no curto prazo, não invalida o movimento geral e a tendência de alta. Ao analisar os osciladores, observamos o RSI oscilando entre a região de 65-36, indicando um período de consolidação após o movimento recente. O saldo de volume medido pelo OBV permanece forte, próximo das máximas, apesar da rejeição recente. Esses indicadores sugerem uma fase de pausa no momento do ouro, mas a tendência de alta geral ainda está intacta.
O contrato do Dólar futuro negociado na ICE, no timeframe semanal, rompeu o micro canal de alta do pullback desde meados de julho, levando o futuro do DX em direção ao VWAP do ano de 2023 e à média móvel de 200 semanas. O dólar não apenas formou um candle de reversão sobre o VWAP do ano, mas também rejeitou o -0,5 desvio padrão do VWAP do ano, juntamente com o fundo da zona de valor de 2022. Esse movimento levou o dólar a se estabilizar no ponto de maior negociação do ano de 2022, junto da média móvel de 200 semanas, o que é um importante teste para a continuação do movimento.
O contrato do CL (crude oil) negociado na NYMEX, no timeframe semanal, passou por um forte pullback de junho a outubro de 2023. Durante esse período, rejeitou o VWAP do ano de 2022 e o ponto de maior negociação do ano de 2022. Nessa região, observamos uma intensa pressão de venda que resultou na perda do VWAP do ano de 2023, da média móvel de 200 semanas e da zona de valor do ano de 2022, formando assim um canal de baixa ( vermelho ).
A fragilidade da commodity é evidenciada pelo saldo de volume negativo medido pelo OBV e pelo RSI, que não conseguiu ultrapassar o patamar de 65.
Haroldo MacDowell, CMT
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